Analistas descartam golpe militar

Nesta terça-feira (29), o ministro do Gabinete de Segurança Institucional, Sergio Etchegoyen, que é general da reserva do Exército, afirmou que não via "nenhum militar pensando nisso".

Pedro Ladeira/Folhapress
Pedro Ladeira/Folhapress

No momento em que manifestantes em meio ao movimento grevista dos caminhoneiros pedem intervenção militar e em que boatos se espalham pelas redes sociais, o UOL ouviu oficiais do Exército e analistas políticos para saber se há, afinal, risco de golpe militar no Brasil.

Nesta terça-feira (29), o ministro do Gabinete de Segurança Institucional, Sergio Etchegoyen, que é general da reserva do Exército, afirmou que não via “nenhum militar pensando nisso”.

Como ele, oficiais do Exército descartam uma intervenção, mas estão preocupados com a possível simpatia da tropa ao movimento grevista, conforme noticiou a “Folha”.  No Congresso, políticos da oposição e da base de apoio do governo externaram a preocupação de que o presidente Michel Temer (MDB) não chegue ao final do mandato.

Apesar da paralisação econômica e da efervescência social do país, na opinião dos entrevistados nesta reportagem, não há risco de golpe militar. Pelo menos por enquanto, já que todos fazem a ressalva de que a conjuntura pode mudar caso a crise se agrave ainda mais.

“E continuo achando que não há risco de golpe militar. Não há espaço para golpes nos moldes tradicionais, como os dos tempos da Guerra Fria. O descontentamento e o desespero da população podem levar não ao golpe militar, mas a soluções muito pouco democráticas, de viés autoritário, com atalhos constitucionais, o que é representado pelo deputado Jair Bolsonaro [pré-candidato a presidente pelo PSL]. A campanha eleitoral também pode ser marcada pela violência física entre eleitores de tendências diferentes”, disse Carlos Fico, professor de história e pesquisador da UFRJ.

Por: Uol

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