Com quase 40 presos cadeia de Carinhanha continua superlotada

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Com capacidade apenas para 12 pessoas, a cadeia de Carinhanha, no oeste da Bahia, tem hoje três vezes o número maior do que o permitido. De acordo informações de muitos detentos, as condições são precárias. “Somos presos e vamos pagar pelo que fizemos, mas precisamos ser tratados como gente”, disse um preso.

Entre os quase 40 presos custodiados na delegacia de Carinhanha, vários já foram sentenciados e aguardam a transferência há meses para um presidio.

Em julho deste ano, a equipe do portal Folha do Vale já havia denunciado a superlotação. Naquele período a justiça chegou a transferir alguns detidos.

Com as três celas lotadas a delegacia de Carinhanha se transformou numa bomba humana pronta para explodir a qualquer momento, como aconteceu no último final de semana no principio de rebelião.

A estrutura da cadeia pública de Carinhanha é tão precária que não tem condições alguma de receber mais ninguém, devido às péssimas condições.

De norte a sul do país há problemas de superlotação, ineficiência do Judiciário, que demora para julgar os casos, e um encarceramento em massa que dificilmente é combatido pelos Governos estaduais. No Brasil, cabe a cada Estado promover suas políticas prisional e de segurança pública. Uma das críticas dos especialistas é exatamente essa, de que falta uma maior participação da União na elaboração de programas conjuntos. E por isso, o assunto é deixado fora da pauta eleitoral ou, quando muito, abordado superficialmente.

Enquanto o Estado não toma as devidas providências, os moradores do entorno da cadeia pública de Carinhanha, esperam a hora dar bomba explodir.

Redação www folhadovale.net

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