Cresce o número de suicídio na região de Guanambi

Entre os municípios da região, Guanambi e Palmas de Monte Alto lideram o ranking

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O número de suicídio na região de Guanambi, no Sudoeste da Bahia, avançou nos primeiros nove meses de 2017. Não existem dados oficiais, mas estima-se que pelos 30 pessoas se mataram. Entre essas vítimas estão jovens com menos de 30 anos e idosos, seria mera coincidência?

Os casos de suicídios foram registrados nos municípios de Palmas de Monte Alto, Candiba, Serra do Ramalho, Caetité e outras cidades da região. Entre os municípios da região, Guanambi e Palmas de Monte Alto lideram o ranking.

A reportagem não obteve número preciso de suicídio em cada município, por se tratar de dados disponíveis nas delegacias, DPT e hospitais, porém existe ainda uma barreira por parte dos órgãos para disponibilizar esses dados.

Na última quinta-feira, 21 de setembro, o Ministério da Saúde divulgou os dados do primeiro boletim epidemiológico sobre o suicídio no Brasil. O suicídio é a quarta maior causa de morte de jovens entre 15 e 29 anos. Os dados mostram ainda que, em 2015, 65,6% dos óbitos nessa faixa etária foram por causas externas: violências e acidentes. A divulgação faz parte das ações do Setembro Amarelo, mês dedicado à prevenção ao suicídio.

Para Dardian de Sena Moreira, estudante de Psicologia do último semestre da Faculdade Guanambi, ao se falar de suicídio é necessário levar em consideração o fenômeno pelo qual ele se configura, onde se deve observar aspectos culturais, políticos, econômicos e sociais. Cada individuo esta implicado em sua subjetividade e singularidade humana, ou seja, do modo como ele se apropria e absorve os acontecimentos de suas relações no meio social.

O estudante enfatiza ainda que, não se pode apontar um fator preponderante para a grande incidência de suicídios demonstrada nas pesquisas, toda via, como se sabe esta intrínseca a natureza do jovem a intolerância as frustrações, medos, anseios, emoções das quais eles ainda não estão preparados para dominar, aliado a isso temos uma sociedade de consumo e alienada por demonstrações vagas de felicidade veiculadas na TV e redes sociais, nos traz a uma reflexão acerca de que esse cenário pode sim estar afetando de forma significativa os jovens que por sua vez não conseguem superar e optam por retirar se do cenário da maneira mais drástica, com por meio do suicídio. Finalizou.

Para Karen Scavacini Karen, Coordenadora do Instituto Vita Alere de Prevenção e Posvenção do Suicídio, os sinais de alerta muitas vezes só fazem sentido depois da morte e são muito complexos de serem observados e entendidos. Entretanto, ela mostrou preocupação com o aumento do suicídio entre jovens. Segundo Karen, é importante lembrar que o cérebro só termina de se formar aos 21 anos e que os jovens têm mais impulsividade, menor autocontrole e menor consciência crítica.

Redação www folhadovale.net

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