Esqueleto que pode ter mais de 200 anos é encontrado em Malhada

Conforme os acampados, o esqueleto ficou visível depois das chuvas que caíram na região

Foto:Mailson
Foto:Mailson

Um tesouro arqueológico que pode ter mais de 200 anos foi descoberto por um grupo de trabalhadores, no acampamento Alto da Bela Vista, no município de Malhada, no Sudoeste da Bahia. O esqueleto aparenta ser de uma criança com idade entre 7 e 8 anos.

O esqueleto humano foi descoberto há pouco mais de um ano,desde então,o local tem atraído muita gente  conforme informou os acampados.O esqueleto ficou visível depois das chuvas que caíram na região,segundo os moradores.

Para alguns acampados, os restos mortais dessa criança podem ser de algum filho de trabalhador que morava na fazenda na década de 60, outros acreditam que pertencem aos familiares de escravos que trabalhavam na fazenda até o final do século XVIII.

“Parece ser o corpo de uma criança com idade de 7 ou 8 anos, isso pela estatura do esqueleto. Quando o esqueleto foi descoberto pela enxurrada, os restos mortais estavam intactos. Um ano depois, algumas partes foram danificadas. Talvez esse esqueleto posso contar um pouco da história do período escravagista no Brasil”, disse Nalva líder do Acampamento.

Segundo o Agente de Saúde Manoel Francisco dos Santos, até o final do século XVIII, essa área que hoje constituiu o acampamento Alto da Bela Vista, era uma fazenda e tinha cerca de 40 escravos. Ele acredita que o local era usado para enterrar os filhos de escravos, que morriam por conta da situação degradante.

De acordo com Manoel, há relatos que mesmo com a assinatura da Lei Áurea em 13 de maio de 1888 pela princesa Isabel, esses escravos continuaram servido os patrões. “Mesmo libertos por força da lei eles continuaram servindo seus senhores, muitos deles dormiam acorrentados”, disse Manoel.

 

Redação www folhadovale.net

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