Guanambi: deputado Arthur Maia sofre derrota na justiça

O querelante assume posição destacada, colhendo daí os benefícios e malefícios dessa exposição exacerbada. Para o juiz, Maia "deve aprender a conviver com a exposição, críticas e elogios

Maia/Imagem internet
Maia/Imagem internet

O deputado Federal e relator da Reforma da Previdência, Arthur Maia (PPS), sofreu uma derrota na última terça-feira, 30 de maio. O Juiz Federal de Guanambi, no Sudoeste da Bahia, Filipe Aquino Pessôa de Oliveira, rejeitou o pedido de um registro de queixa crime contra Jackson Nascimento Oliveira, que fez crítica contra o parlamentar em 2016, na rede social.

Na postagem, Jackson não só critica o deputado, mas também o então candidato a prefeito de Guanambi, Nilo Coelho (PSDB), que disputava o pleito de 2 de outubro de 2016.”E mais uma vez eu digo: quem é o principal deputado que apoia o Boi? ARTHUR MAIA. E com que ARTHUR MAIA tá (sic) envolvido? Com propina, maracutaia e falcatruas envolvendo a Odebrecht. E você aí todo serelepe acreditando que ‘o homem mais trabalhador do mundo vai voltar para governar Guanambi’. Tolos!!! Hahahahahahaha”, finalizou Jackson.

 

Conforme o magistrado, o deputado é pessoa pública e no exercício da nobre função de representante do povo na Câmara dos Deputados, o querelante assume posição destacada, colhendo daí os benefícios e malefícios dessa exposição exacerbada. Para o juiz,  Maia “deve aprender a conviver com a exposição, críticas e elogios

O juiz fez uma contextualização dos fatos, afirmando que a publicação no Facebook foi feita em uma época pré-eleitoral e que, por isso, “os ânimos estavam exaltados”. “A mídia nacional publica há algum tempo notícias acerca do suposto recebimento de verbas oriundas da empresa Odebrecht, que vem sendo investigada no âmbito da assim denominada ‘Operação Lava-jato’. Embora, por óbvio, o fato de figurar em tal lista não signifique responsabilidade criminal dos citados, a elevada exposição midiática dessas informações é capaz de levar os cidadãos a conclusões que nem sempre são verídicas”, finalizou.

De acordo com o magistrado, se todos os membros da classe política resolver promover ações penais em face dos cidadãos que lhes imputassem fatos considerados ofensivos à honra, o Poder Judiciário somente se encarregaria de processar e julgar esse tipo de ação.

Redação www folhadovale.net

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