Malhada: crescem casos de automutilação em escolas da rede municipal

O professor destaca que a automutilação é um pedido de socorro dos jovens que estão passando por dificuldades psíquica ou emocional

Casos de automutilação envolvendo alunos têm sido registrados nos últimos meses, em algumas escolas da rede municipal de ensino, na cidade de Malhada, no sudoeste da Bahia. A incapacidade dos adolescentes de lidar com os próprios sentimentos, preocupa alguns professores que convivem diariamente com os problemas.

A reportagem do portal Folha do Vale ouviu nos últimos dias, alunos, professores, pais e profissionais da área. O portal identificou casos de automutilação no distrito de Canabrava e no povoado do Julião, locais que acontecem com mais frequência.

De acordo com alguns alunos ouvidos pela reportagem, eles usam objetos do cotidiano escolar como estilete, lâmina de apontador e compasso para mutilar seus corpos. A reportagem do portal Folha do Vale, eles disseram que esses instrumentos são usados para aliviar suas angústias, medos, tristezas e conflitos.

Segundo professores que convivem diariamente com o problema, não é difícil identificar o problema nesses alunos, já que são pessoas que ficam insoladas. O professor destaca que a automutilação é um pedido de socorro dos jovens que estão passando por dificuldades psíquica ou emocional. “A gente faz um trabalho de formiguinha para identificar o problema, em seguida encaminhamos para o psicólogo”, disse um professor.

Na manhã desta terça-feira (6), o portal conversou com a psicóloga Tainara Nascimento da Silva Xavier. Segundo ela, o problema foi identificado pela sua equipe, mas em alguns casos eles não querem ser ajudados. Ela afirmou que tem desenvolvido rodas de conversa e palestras com pais e alunos.

“Nossa equipe atende cerca de 120 pessoas por mês, essas pessoas são encaminhadas para outros profissionais”, disse Tainara.

Redação www folhadovale.net

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