Prefeito de Riacho de Santana é preso em operação da Polícia Federal

Os mandados expedidos foram cumpridos nas cidades baianas de Guanambi, Tanque Novo e Riacho de Santana. Os proprietários das empresas envolvidas e o contador que auxiliava a organização criminosa na fraude também são alvos da operação.

Tito
Tito

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quinta-feira (5) uma operação para prender o prefeito de Riacho de Santana, Tito Eugênio Cardoso de Castro (PDT). Ele é investigado por desviar verba pública federal do transporte escolar para sua família. Além do gestor do município, também foram presos o chefe de gabinete e um vereador da cidade. No total, três mandados de prisão e 11 de busca e apreensão e cinco medidas cautelares foram cumpridos pelos agentes na manhã de hoje.

Os mandados expedidos foram cumpridos nas cidades baianas de Guanambi, Tanque Novo e Riacho de Santana. Os proprietários das empresas envolvidas e o contador que auxiliava a organização criminosa na fraude também são alvos da operação.

Operação Imperador

A investigação começou em 2014 para apurar fraudes nos contratos de transporte escolar firmados entre o município e empresas constituídas em nome de laranjas. Ao longo da investigação, descobriu-se que os verdadeiros beneficiários da verba eram parentes, pessoas próximas e o próprio Prefeito. Ainda de acordo com a PF, o esquema perdurou por cerca de seis anos, entre os anos de 2009 e 2015.

Por conta da operação, o prefeito teve o exercício da função pública e atividade econômica suspensos. Ele também foi proibido de acessar as dependências da Prefeitura Municipal ou qualquer repartição pública municipal de Riacho de Santana. Também não poderá mais contratar com o Poder Público, direta ou indiretamente.

A decisão foi expedida pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região, em Brasília/DF. Os investigados responderão pela prática dos crimes de responsabilidade dos Prefeitos, fraude à licitação, lavagem de dinheiro, crime organizado e associação criminosa e peculato. Se somadas, as penas máximas podem chegar a mais de 30 anos de reclusão.

Segundo a PF, o nome da operação é uma referência ao principal investigado, o prefeito, que tem o mesmo nome de dois imperadores romanos, o primeiro conhecido como ‘o usurpador’ e o segundo por ter governado Roma por um longo período de 79 a 81 d.C.

Fonte: Correio 24h

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