Qual a solução para o lixão a céu aberto em Caetité?

Nunca se falou tanto em sustentabilidade como nos últimos tempos e ainda assim, é incomum percebê-la em ações práticas no cotidiano

Lixão de Caetité:Fotos: Mauri Oliveira
Lixão de Caetité:Fotos: Mauri Oliveira

Nunca se falou tanto em sustentabilidade como nos últimos tempos e ainda assim, é incomum percebê-la em ações práticas no cotidiano. Com certeza, você já ouviu alguém dizer, que são pequenas atitudes que são capazes de promover mudanças significativas em prol do nosso planeta, pois bem, está na hora de concretizarmos esse pensamento. Um exemplo é o velho hábito de queimar o lixo a céu aberto, como ocorre em nosso município.

Os moradores das comunidades rurais de Mutamba, Cachoeirinha e Vargem Formosa estão sentindo graves consequências à saúde por causa da queima de resíduos no lixão de Caetité, situado na Fazenda Mocó. O presidente da associação de moradores de Mutamba, Valdemir Lousada, relata que está impossível conviver com a inspiração da fumaça tóxica, “nós reivindicamos do poder público uma solução, porque, temos pessoas adoecendo, alguns estão tendo que sair de suas casas na madrugada, outros alugando casa na sede, devido a fumaça, a qual, provoca problemas respiratórios”. Destaca.

Sabe-se, que a queima de certos plásticos, como o PVC, liberam composições gasosas altamente tóxicas e cancerígenas: dioxinas e furanos, sobretudo, a emissão de poluentes para a atmosfera, como o dióxido de carbono (CO²), o qual, é o agente causador do efeito estufa e as mudanças climáticas decorrentes de sua alta concentração na atmosfera.

Os habitantes das comunidades referidas, reuniram-se com a secretária de Meio Ambiente do Município, Italva Cunha, hoje (11) no Centro Admistrativo/Prédio da Secretária no Bairro Prisco Viana, no intuito de buscar soluções para o problema.

Italva Cunha, afirmou que a pasta elaborou um plano para a implantação do aterro controlado, visando minimizar o impacto provocado e que não dispõe de prazo para a execução do projeto, visto que, está no aguardo do prefeito Aldo Gondim. As comunidades reivindicam um carro pipa, para amenizar o problema, até que se resolva e uma reunião com o prefeito no prazo de oito dias.

É imprescindível pensar, porque esse hábito corriqueiro de queimar o lixo tornou-se tão comum em nossa sociedade. E parece que, uma prática quanto mais adotada, mais enraizada culturalmente ela se torna. Definindo o que conhecemos por hábito. Mas, como podemos impedir essa prática? A resposta continua sendo a sensibilização, à educação que provoca uma mudança compatível a teoria, bem como, novos padrões de costume e estilos de vida.

Em Caetité, destacamos a COOPERCICLI (Cooperativa de Catadores de Resíduos Sólidos), a qual, representa um importante papel de recolher o lixo reciclável, realizar a compostagem ( transformação do lixo orgânico em adubo), contribuindo para a preservação da natureza, com geração de emprego e renda ao município. Ainda sim, faz-se necessário um maior engajamento à causa, por parte dos caetiteenses.
É importante salientar que a gravidade da queima de lixo passou a constituir crime no código penal, conforme a Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9605\ 1998). A lei define que a poluição que venha causar danos à saúde humana, implica em reclusão de um a quatro anos e multa.

Nota-se, que argumentos não faltam, poderia escrever mais laudas, mas ficaria extenso demais. Em suma, é necessário bom senso aos hábitos cotidianos, repensando maneiras ecológicas de tratar o meio ambiente. Só assim, podemos almejar um futuro melhor às futuras gerações.

Por Mauri Oliveira / Fotos: Mauri Oliveira

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