Aluna com Síndrome de Down é deixada trancada dentro de sala de aula em Serra do Ramalho

O portal Folha do Vale tentou contato com a direção do Colégio Anísio Honorato, mas não obteve êxito. O espaço fica aberto para os devidos esclarecimentos.

Atualizado às 18h

Foto: Perfil pessoal do irmão da aluna

Uma aluna foi deixada trancada dentro de sala de aula do Colégio Estadual  Anísio Honorato, na tarde de segunda-feira (1º), na cidade de Serra do Ramalho, no oeste da Bahia. Alailton Rodrigues publicou na sua página no Fecebook no início da noite, sua irmã Ivaneide Rodrigues dos Santos, de 29 anos, com Síndrome de Down ficou trancada na sala das 13h às 18h30, sem nenhum funcionário por perto.

Segundo Alailton ressalta na publicação, quando sua irmã chegou à escola ainda estava fechado, como de costume irmão esperou um funcionário abrir os portões. Em seguida, ela foi deixada na sala e ele foi embora. “Minha mãe foi buscar ela às 17h30, mas encontrou tudo fechado, então ela [mãe] entrou em pânico. Não havia ninguém na instituição, estava tudo trancado”, comenta Aailton .

De acordo com Alailton,desesperados eles solicitaram apoio dos agentes da Guarda Civil Municipal (GCM), os quais imediatamente foram ao Anísio Honorato e localizaram Ivaneide trancada. “Eles precisaram quebrar o cadeado para retirar minha irmã, isso é um absurdo”, finaliza.

Ao portal Folha do Vale, Alailton afirmou que além da síndrome sua irmã sofre de síndrome do pânico, transtorno de ansiedade que gera ataque de medo intenso.

Nota do Colégio Estadual Anísio Honorato Godoy enviada ao portal Folha do Vale

Em decorrência do fato ocorrido ontem no Colégio Estadual Anísio Honorato Godoy, a equipe gestora se retratou, relatando que diariamente a mãe da aluna a deixa na Escola, tendo o cuidado de deixar os materiais na sala de aula e a conduz para o pátio até que o sinal seja tocado para que a mesma se direcione à sala e infelizmente, ontem, quem a deixou na escola foi o irmão da aluna, na portaria. Lamentavelmente, a aluna direcionou-se para a sala, situação nunca ocorrida antes. Informamos que a Escola estava aberta, embora tenha sido “ponto facultativo”, a equipe gestora, coordenação e equipe de apoio estavam presentes. Porém, ao sair, às 16h e 10min, a aluna não foi percebida dentro da sala.

  Salientamos que ao ser informada do ocorrido a direção foi a casa da aluna, onde se retratou com a família, pedindo desculpas e, a mãe afirmou que de fato, também estava triste mas reconhecia o nosso cuidado e atenção para com a filha. Apesar de não termos um cuidador, um profissional que atenda esses queridos alunos, já que temos também outro aluno com síndrome, os nossos funcionários mantem os cuidados necessários. No demais, agradecemos pela compreensão da mãe da aluna que nos recebeu muito bem e entendeu a situação.

Redação www folhadovale.net

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