Liminar garante entrada de agentes em imóveis mesmo se morador recusar em Carinhanha

A medida procura dar mais poder aos agentes de saúde, tanto na sede quanto na zona rural, para que desempenhem o seu trabalho e evitem o maior número possível de casos da Leishmaniose Visceral (Calazar)

O juiz de Carinhanha, no oeste da Bahia, Roberto Paulo Prohmann Wolff , concedeu liminar de busca e apreensão para determinar que funcionários da Secretaria Municipal de Saúde, entrar em imóveis na cidade, rompendo assim, obstáculos, afim de pegar animais indicados que se encontram acometidos com a doença Leishmaniose Visceral (Calazar).

A medida procura dar mais poder aos agentes de saúde, tanto na sede quanto na zona rural, para que desempenhem o seu trabalho e evitem o maior número possível de casos da Leishmaniose Visceral (Calazar).

De acordo com o Secretário de Saúde Alvacir Brito, os agentes vão estar identificados com roupas e crachá, vão fazer perguntas, se não tiver ninguém deve falar com o vizinho antes e usar o bom senso. Depois de todas as tentativas, se houver uma negativa do morador, como último recurso ele pode chamar a Polícia Militar para ajudar na entrada, vai ser lavrado um Termo Circunstancial de Ocorrência (TCO).

A liminar permite que agentes entrem em imóveis e terrenos abandonados para verificar cães doentes, conforme informou o coordenador da Vigilância Epidemiológica Valternan de Almeida.

De acordo com Brito, uma equipe de Agentes de Endemias do município trabalha no controle de animais infectados, visitando todos os bairros. O secretário afirmou a reportagem que 660 testes rápidos foram realizados, com 454 positivos para leishmaniose visceral. Para ele, o contingente de 4.900 cães no município dificulta o trabalho dos agentes. Na sede são 1.698 cães, contra 3.202 animais na zona rural.

Alvacir ressalta que o cão não é o vilão da história, mas também vítima. O secretário afirma que quem propaga a doença é o mosquito palha, que se prolifera em locais úmidos, com acúmulo de material orgânico e lixo. “A população tem papel importantíssimo no combate a esta doença. Vale salientar que o nosso município já registrou seis casos de calazar em humanos, sendo que uma pessoa morreu ( uma adolescente)”,disse ele.

Redação www folhadovale.net

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