Malhada pode sofrer ‘apagão’ sem médicos cubanos

"Caso aconteça voltaremos para um patamar antigo, que vai atingir mais de 50% da população malhadense",disse ele

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Com 5 postos de saúde e cobertura de 100% dos 17.378 mil habinates,no município de Malhada,no sudoeste da Bahia, pode sofrer uma espécie de ‘apagão médico’, com o encerramento do contrato com Cuba no programa Mais Médicos.

Conforme o secretário de Saúde Ginaldo Gomes, dos 7 médicos que atuam em Malhada,3 são cubanos. Para Ginaldo, o encerramento desse contrato vai deixar a cobertura da atenção básica desassistida.

De acordo com Ginaldo, com o desligamento ficarão sem médicos os distritos de Parateca, Canabrava e o povoado do Julião. “Caso aconteça voltaremos para um patamar antigo, que vai atingir mais de 50% da população malhadense”,disse ele.

Saída

Os questionamentos sobre a formação profissional dos médicos cubanos e as condições impostas pelo presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) para dar continuidade ao programa Mais Médicos no Brasil com os profissionais da ilha comunista levou o Governo cubano a encerrar sua participação no programa no país e solicitar o retorno à ilha dos 8.332 mil especialistas que atuam no Brasil. As condições impostas por Bolsonaro — de exigir a revalidação do diploma e contratar individualmente os profissionais cubanos — foram consideradas inaceitáveis.

Mistério da Saúde

Em resposta à decisão do governo cubano, o Ministério da Saúde convocará, nos próximos dias, um edital para médicos brasileiros que queiram ocupar as vagas deixadas pelos profissionais cubanos, que hoje correspondem a 45,6% do programa. “Será respeitada a convocação prioritária dos candidatos brasileiros formados no Brasil seguida de brasileiros formados no exterior”, diz a nota do órgão.

O PROGRAMA

Lançado pela Presidenta da República, Dilma Rousseff, no dia 8 de julho, o Mais Médicos integra um amplo pacto de melhoria do atendimento aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), que objetiva levar mais médicos para regiões onde há escassez e ausência de profissionais. O programa prevê ainda mais investimentos em infraestrutura de hospitais e unidades de saúde em todo o País.

A primeira etapa do programa contou com a inscrição individual de 1.618 profissionais que irão atuar em 579 postos da rede pública, em cidades do interior do país e periferias de grandes centros. 1.096 médicos com diploma brasileiro começam a trabalhar no dia 2 de setembro. Os estrangeiros começam a atuar no dia 16 de setembro.

Redação www folhadovale.net

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