Vereador pode ter desviado mais 1 milhão de reais da Prefeitura de Feira da Mata

Procurado pelo portal Folha do Vale, o vereador não foi localizado para responder os questionamentos.

Vereador Josenício

O promotor de Justiça Dorival Joaquim da Silva requisitou à Polícia Civil instauração de inquérito policial para apurar denúncia de crime de peculato, supostamente cometido pelo vereador Josenício Macedo Pinto (PR), quando ocupava a função de Chefe dos Recursos Humanos da Prefeitura de Feira da Mata, no oeste da Bahia, entre os anos de 2009 e 2016.

Conforme a denúncia oferecida ao Ministério Público (MP), Josenício pode ter desviado cerca de 1 milhão de reais do Município em proveito próprio desde 2009. O esquema que pode ter beneficiado o então chefe do RH, teria sido montado nos dois mandatos do então prefeito Alex Ronan Viana Mota, Dr.Alex (PT).

O portal Folha do Vale apurou que os valores depositados nas contas dos ex-funcionários, eram sacados pelo próprio Josenício,seus filhos, uma servidora identificada como Gislene Ribeiro Caldeira e correligionários, entre eles um agiota.

De acordo com a denúncia oferecida ao MP, os ex-funcionários não tinham conhecimento de nada, como conta Raimunda Alves Feitosa, de 62 anos. Ela disse que pediu para ser exonerada há 12 anos, mesmo assim seu nome ainda constava na folha de pagamento até 2016. Os valores recebidos nesse período em seu nome passam de R$ 42 mil reais. 

“Eu estava muito doente naquela época, então conversei com Ednon Martins Rodrigues, que era o prefeito. Ele ainda manteve meu salário, mas depois fui encostada pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Anos depois, Josenício chegou à minha casa e levou o dinheiro. Ele falou [Josenício] que o dinheiro era da prefeitura, então eu devolvi”, disse ela. 

Em contato com o escrivão da cidade de Feira da Mata, ele afirmou que não tinha autorização para falar e orientou que procurasse a delegada responsável pelo caso Luzmaia Cecília de Souza. Ela também não quis comentar o assunto.

Procurado pelo portal Folha do Vale, o vereador não foi localizado para responder os questionamentos. A servidora Gislane também não foi localizada, mas o espaço fica aberto para os devidos esclarecimentos. 

O denunciado foi admitido no quadro de servidores públicos em 1983, como professor de Nível II.

Contas suspeitas

Redação www folhadovale.net

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